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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Brics procuram unificar postura sobre crise política na Líbia

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, conversou por telefone com o chanceler chinês, Yang Jiechi, para discutir a atual situação política na Líbia e coordenar uma postura comum do Brics - grupo das principais potências emergentes, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
A China é favorável a uma política de intervenção mínima no processo de transição política do país, de acordo com informações publicadas nesta quarta-feira pela agência de notícias chinesa Xinhua. "A paz e a estabilidade devem ser restauradas o mais rápido possível para, assim, iniciar um processo político livre", declarou o chanceler chinês.
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Quanto à posição da ONU no conflito, criticada há meses por Pequim, Yang destacou que o país asiático apoiará a organização no período pós-guerra na Líbia e pediu aos demais Brics que exerçam um "papel protagonista" no que diz respeito à cooperação humanitária com o país árabe.
O governo da China finalmente reconheceu nesta quarta-feira que o regime de Kadafi, com o qual mantém significativas relações comerciais, está perto do fim. Ma Zhaoxu, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, expressou sua esperança de que o país árabe faça uma transição política bem-sucedida. "A China presta atenção às drásticas mudanças da situação na Líbia e respeita a escolha feita pelo povo líbio", disreuse Zhaoxu.
Rússia - O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, afirmou nesta quarta-feira que, apesar do êxito dos rebeldes líbios em Trípoli, o ditador Muammar Kadafi ainda mantém certa influência e capacidade militar.
Em discurso à imprensa após se reunir com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il, Medvedev explicou que a Rússia acompanha de perto os eventos na Líbia e mantém uma postura cautelosa a respeito, mas reconhece que o exercício do poder no país árabe não está definido. "Por enquanto, a situação continua sendo a que era. De fato, há dualidade de poder", ressaltou o chefe do Kremlin.
Eleições - O líder do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mustafah Adbel Jalil, afirmou que as eleições na Líbia acontecerão dentro de oito meses e que Muammar Kadafi será julgado no país, em uma entrevista ao jornal italiano La Repubblica.
"Dentro de oito meses celebraremos eleições legislativas, parlamentares e presidenciais. Queremos um governo democrático e uma Constituição justa. Sobretudo, não queremos ficar isolados do mundo como estivemos até agora", declarou Abdel Jalil.
Nesta quarta-feira, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, receberá Jalil para uma conversa sobre a situação política na Líbia. O chefe de Estado francês tinha convidado Jibril para uma reunião na França, numa nota em que lhe transmitia também o apoio francês em sua luta contra o regime de Muammar Kadafi, e na qual se condenava com firmeza o "apelo desesperado e irresponsável" do líder líbio a manter o combate "custe o que custar".
Fonte: Veja - (com agências EFE e France-Presse)

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