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sábado, 23 de outubro de 2010

Regiões Econômicas do Brasil

A divisão do espaço geográfico brasileiro em grandes regiões é importante para dar suporte ao planejamento e gestão do território e também para ajudar no levantamento e divulgação de dados estatísticos pelos órgãos públicos, como o IBGE.
O modelo de divisão do Brasil incorpora aspectos naturais e socioeconômicos. Mas longe de ser um recorte estagnado, essa divisão é resultado da evolução conceitual e da transformação de um espaço geográfico em constante mutação.
A atual divisão regional do país data do final da década de 1960. Nesse modelo foram identificadas cinco grandes regiões.
1- Norte
Formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e, após a Constituição Federal de 1988, também o Estado do Tocantins, desmembrado de Goiás.
A região ocupa 45,26% do território nacional e abriga um inestimável capital natural e cultural. Ela concentra grande parte dos interesses estratégicos que movem a política e a economia, como recursos hídricos, minerais (ferro, manganês) e vegetais, além de produtos e serviços relacionados à preservação da biodiversidade.
Constituindo grande parte da Bacia Amazônica e da floresta equatorial sul-americana, a região Norte distingue-se pela discussão do impacto de seu processo de povoamento sobre o meio ambiente. Hoje, ela se caracteriza por possuir apenas 7,95% da população do país, pela baixa densidade demográfica (3,79 hab/Km²), pelo elevado grau de urbanização (69,87%) e presença de uma numerosa população indígena.
2- Nordeste
Apesar de corresponder a 18,25% do território nacional, a região concentra 28,01% da população do país, o que revela uma diferenciação básica em relação à região Norte no que diz respeito à densidade demográfica (33,16 hab/Km²).
Compreendendo os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Alagoas e Bahia, essa região abriga centros estratégicos do processo histórico de ocupação do litoral açucareiro e do interior do Brasil.
Hoje, uma das principais características do espaço regional nordestino é a diversidade de suas estruturas econômicas, com focos de dinamismo nas cidades litorâneas e nas áreas agropastoris tradicionais do interior.
Na área urbana, o pólo petroquímico de Camaçari (Bahia) e a consolidação de um moderno setor têxtil e de confecções no Ceará são grandes influências para o crescimento das suas respectivas capitais - Salvador e Fortaleza - no espaço regional.
Na área rural, vale ressaltar a introdução de modernas técnicas de produção, como na lavoura de soja e algodão nos chapadões de cerrado do oeste baiano e da fruticultura irrigada no Vale do São Francisco.
3- Centro-Oeste
Com uma área de mais de 1,6 milhão de quilômetros quadrados (18,86% do território nacional) a região Centro-Oeste é formada pelos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e o Distrito Federal.
Historicamente ocupada pela atividade garimpeira e por uma pecuária extensiva, a organização dessa região foi alterada pelo processo de transferência da capital federal, iniciado com a inauguração de Brasília em 1960. Essa mudança impactou de forma direta o meio urbano-regional do Centro-Oeste, com expansão da moderna agroindústria de grãos (soja e milho), de carnes e no crescimento do setor de serviços.
Além do bioma Cerrado e Amazônia no norte do Mato Grosso, a presença do Pantanal constitui um fator determinante no potencial turístico que o Centro-Oeste possui ao lado do enorme patrimônio cultural representado pela arquitetura contemporânea da Capital Federal.
4- Sudeste
A região Sudeste tem uma área superior a 920 mil quilômetros quadrados (10,86% do território nacional) e é formada pelo Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
No Sudeste se concentra não apenas a maior proporção do PIB nacional (56,78%), mas também o maior contingente populacional – 77.873.120 habitantes – equivalendo a 42,33% do total nacional.
Por essa região e por seu principal centro urbano - a capital paulista - passa o processo de integração e de comando dos fluxos econômico-financeiros do país, onde se localiza uma estrutura que abrange quase todos os segmentos produtivos estratégicos da economia nacional.
Grande parte do parque industrial brasileiro (setores de extração de petróleo e mineral, siderúrgico, metal-mecânico, químico, têxtil e mobiliário) se localiza no perímetro comandado por São Paulo, Rio de Janeiro e Belo-Horizonte.
A agroindústria sucro-alcooleira, além a da laranja, do café e da carne ampliam a liderança dessa região sobre as demais aumentando sua capacidade de articular não só o espaço nacional como de liderar a articulação do país com o mundo: no Sudeste estão os principais portos (Santos, Vitória e Tubarão) e aeroportos do país.
5- Sul
Com mais de 575 mil quilômetros quadrados, a região Sul corresponde a 6,77% do território nacional e abrange os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com uma população de 26.733.595 (14,53% dos habitantes do país), essa região possui uma alta densidade demográfica (46,38 hab/Km²) em relação ao total nacional.
A presença no campo da pequena produção familiar do colono de origem européia marca a estrutura dessa região ao lado da diversidade cultural que a diferencia do resto do país. No Sul, se destacam atividades típicas do pequeno produtor rural integradas à grande indústria, como a avicultura, a suinocultura e o fumo, além da produção de soja, milho trigo, feijão, arroz e da fruticultura (maçã, uva).
A economia da região, tradicionalmente voltada para a agropecuária, diversifica-se hoje com o crescimento de um importante parque industrial têxtil, de cerâmica, metal-mecânica e petroquímica, concentrados no eixo Porto Alegre-Caxias do Sul, norte Catarinense e região metropolitana de Curitiba.

Um comentário:

  1. Não há como negar a urgência em se aprimorar e evoluir na discussão sobre as questões que permeiam o estudo da Ecologia; essa matéria é boa fonte auxiliar para a construção de pensamento crítico a partir das informações nele contidas.

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