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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Presidente do Inep critica listas de melhores e piores no Enem

A presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Malvina Tuttman, criticou o uso das notas do Enem para montar listas das melhores e piores escolas do País. Para ela, o ranking não é o critério mais adequado para avaliar o desempenho das escolas, dos alunos e professores.
Este ano, o Inep mudou o formato de divulgação dos resultados e passou a levar em consideração o percentual de estudantes de cada escola que participaram do Enem. A ideia é evitar comparações entre as unidades de ensino, principalmente entre escolas privadas e públicas. A maioria dos veículos de comunicação noticiou o melhor desempenho das particulares em relação às públicas.
"A elaboração de rankings e a utilização de adjetivos para qualificar as escolas não demonstram o devido reconhecimento ao empenho de milhões de estudantes, profissionais da educação, parentes e demais setores da sociedade na busca de uma escola de qualidade para todos", disse Malvina, ao ler uma nota do instituto sobre a classificação das escolas. Ela participou nesta quinta-feira de um debate sobre as avaliações externas na educação, em um congresso internacional promovido pelo movimento Todos pela Educação. "Não gosto do ranking porque acaba fortalecendo algo que não é verdade", completou.
A maioria dos especialistas presentes ao encontro também se posicionou contra o ranking das escolas. Porém, alertaram que o formato de divulgação das notas não é didático, é de difícil compreensão para imprensa, professores, coordenadores pedagógicos e secretarias estaduais de ensino, o que estimula a elaboração das listas dos melhores e piores.
"A imprensa faz ranking porque não demos outra coisa para ela. A gente está produzindo número que tem sido pouco interpretado", disse José Francisco Soares, do grupo de avaliação de medidas educacionais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A opinião que foi rebatida pela presidente do Inep. Malvina Tuttman disse que as notas podem ser analisadas por pesquisadores de qualquer organismo da sociedade civil. Todos nós estamos habituados a que o outro faça (a pesquisa). Os dados estão aí. Onde estão nossas universidades para trabalhar junto (conosco) esses dados? Onde estão nossos pesquisadores para trabalhar com o Inep?", provocou.
Fonte: site Terra

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