As duas maiores siderúrgicas do Japão retomaram aos níveis de produção prévios aos do terremoto seguido de tsunami que atingiu o país no último dia 11. O desastre prejudicou usinas produtoras de aço no país, que é o segundo maior produtor mundial, perdendo apenas para a China.
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O prejuízo levantou temores de que a demanda por minério de ferro poderia enfraquecer no curto prazo antes de uma recuperação liderada pelos investimentos na reconstrução japonesa.
"O impacto do terremoto e do tsunami no Japão tem sido diverso e nos afeta", disse o presidente-executivo da Rio Tinto, segunda maior produtora de minério de ferro do mundo, Sam Walsh, durante conferência da indústria em Perth nesta terça-feira (22). "Haverá uma ampla reconstrução à frente e agora é que começaram a dimensionar a magnitude disso."
Conta da reconstrução
A conta da reconstrução do Japão tem sido estimada em US$ 235 bilhões, em um processo que, segundo analistas, levaria anos e poderia limitar as exportações de aço japonesas, abrindo espaço para China e Coreia do Sul conquistarem mercado.
O Japão continua a lidar com um errático abastecimento de energia e preocupações públicas acerca da radiação do complexo nuclear de Fukushima.
O país exportou um volume recorde de 43 milhões de toneladas de aço em 2012, de acordo com a Federação de Aço e Minério Japonesa, superando a China como maior exportadora asiática.
A siderúrgica Posco, da Coreia do Sul e terceira maior do mundo na indústria, disse nesta terça que tem recebido pedidos adicionais de clientes domésticos e do exterior, após o desastre no Japão.
Retomada
As produtoras japonesas de aço estão rapidamente retomando a produção após o desastre. A Nippon Steel, quarta maior siderúrgica do mundo, disse que a produção em três alto-fornos no leste japonês voltou ao nível de antes do terremoto. A empresa retomou operações em dois alto-fornos perto de Tóquio no domingo e em um outro em seguida, após ter suspendido as atividades para checar os equipamentos.
A JFE Steel, quinta maior produtora mundial de aço, também disse que dois alto-fornos de sua fábrica de 10 milhões de toneladas anuais perto de Tóquio está agora operando normalmente.
Outros segmentos
Mais empresas japonesas estão retomando sua produção, que havia sido suspensa temporariamente depois do terremoto e do tsunami do dia 11, segundo o jornal Nikkei em sua edição matinal desta quarta-feira.
A Asahi Breweries recomeçou parcialmente a produção da cerveja Super Dry na fábrica situada na região administrativa de Ibaraki. A Hitachi reiniciou parcialmente as operações em três das sete fábricas onde a produção havia sido suspensa. A empresa disse esperar que a produção de autopeças seja retomada até sexta-feira em suas fábricas nas regiões de Ibaraki e Fukushima.
A Kao Corp. retomou parcialmente a produção de fraldas descartáveis na região de Tochigi e espera reiniciar em breve a produção em sua fábrica de Ehime.
A indústria de câmeras Nikon informou que cinco de suas fábricas, entre elas a de Mito, na região de Ibaraki, voltarão a produzir amanhã. A empresa também pretende reiniciar a produção em duas fábricas na região de Miyagi até o fim do mês.
(Com informações da Reuters e da Agência Estado)
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