A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou nesta terça-feira (22) que foram detectados materiais radioativos, entre eles iodo-131, césio-134 e césio-137, em águas de um mar próximo à usina nuclear japonesa de Fukushima Daiichi, seriamente danificada pelo terremoto e tsunami que atingiram o país no último dia 11 de março.
Em um breve comunicado, a AIEA não informou a quantidade nem deu detalhes sobre gravidade da presença das partículas radioativas encontradas no mar. A agência lembrou que obtém esta informação das autoridades japonesas, e que foi a companhia Tokyo Electric Power (Tepco) que detectou os radioisótopos.
"Para estudar uma área maior do ambiente marinho, a Agência para Ciência e Tecnologia Marinha e Terrestre (Jamstec) planeja medir a radioatividade em torno da usina" entre esta terça-feira e quarta-feira, recolhendo provas de água marinha em oito lugares, revela a agência nuclear da ONU.
Até quinta-feira (24), a Agência de Energia Atômica do Japão analisará as provas e publicará os resultados, acrescentou. Será medida a concentração de radioisótopos encontrados tanto na água marinha quanto no ar e a AIEA seguirá atenta a estas informações, conclui a nota.
Técnicos conectam reatores de usina no Japão a uma linha de energia O organismo internacional com sede em Viena tinha anunciado na manhã desta terça-feira que as autoridades japonesas iam medir os níveis de radioatividade no mar nos arredores da usina nuclear de Fukushima, gravemente danificada pelo sismo de 11 de março.
A AIEA, cuja política de informação foi criticada pela organização ambientalista Greenpeace, manifestou sua preocupação com a situação das piscinas de resíduos nucleares da usina.
Graham Andrew, assessor técnico do organismo, manifestou à imprensa em Viena que "continuam sendo registradas algumas melhoras", mas alertou que a situação "continua sendo muito séria", com grandes níveis de poluição radioativa perto da usina.
O Greenpeace acusou a AIEA de omitir dados importantes sobre o acidente em Fukushima e minimizar a gravidade da situação, algo que qualificou como "escandaloso". "Segundo pesquisas do Greenpeace, a AIEA não fez pública uma explosão de hidrogênio na piscina de combustível usada pelo reator 4 em Fukushima, ocorrida na semana passada", denunciaram os ecologistas em comunicado divulgado na Áustria e na Alemanha.
A AIEA reiterou que depende das autoridades japonesas para obter a informação sobre o grave acidente, embora também conte com uma equipe de especialistas que efetuam medições da radioatividade no país.
Do G1, com agências internacionais
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