A polícia do Rio entrou nesta quinta-feira (25) na Vila Cruzeiro, no bairro da Penha, para prender criminosos que, segundo serviços de inteligência, saíram de comunidades ocupadas pelas chamadas UPPs, as Unidades de Polícia Pacificadora.
A ação da polícia é liderada pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) e usa ao menos 350 homens (200 da Polícia Civil e 150 do Bope), com o apoio da Marinha, que cedeu nove blindados. Assista ao vivo na Globo News.
Desde domingo, o Rio vive uma onda de violência, com arrastões, veículos queimados e ataques a forças de segurança. Segundo o governo, é uma reação à política de UPPs, na qual a polícia ocupa áreas antes dominadas por criminosos. A PM contabiliza, de domingo (21) até as 11h30 de quinta, 55 veículos queimados, 55 presos, 121 detidos, 29 armas curtas, 11 fuzis, 2 espingardas e 5 granadas apreendidos.
FUGA DE BANDIDOS - Pouco depois das 15h, câmeras do Globocop flagraram a fuga de bandidos para o topo do morro. As câmeras mostraram os bandidos fortemente armados.
REFORÇO - Mais de uma hora depois de a polícia entrar na Vila Cruzeiro, na Penha, no subúrbio do Rio, a megaoperação ganhou reforço para uma nova fase na ocupação. São mais de 200 policiais civis, três blindados da Marinha e quatro caveirões do Bope. Com isso, a operação conta agora com nove blindados, pelo menos 350 agentes, dos quais 150 do Bope, e os quatro caveirões.
EXPLOSIVO - Mesmo com uma megaoperação do Bope no local, dois crimonosos em uma bicicleta jogaram um artefato explosivo no Largo da Penha, região da Vila Cruzeiro.
POLICIAL ATINGIDO - Um policial ficou ferido no confronto com traficantes na Vila Cruzeiro. Segundo a polícia, ele foi atingido no braço numa localidade conhecida como Pedra do Sapo.
JOVEM BALEADO - Um jovem, de 21 anos, foi atingido por uma bala perdida próximo à Vila Cruzeiro no início desta tarde. Segundo funcionários do hospital, ele foi alvejado na nádega.
INSTALAÇÃO DE UPP - Fontes ligadas ao Governo do Rio confirmaram a instalação de uma UPP na Vila Cruzeiro.
TIROTEIO - Por volta das 13h, havia tiroteio na Vila Cruzeiro. E parte do comércio da região, no subúrbio do Rio, fechou as portas. O clima é de tensão na área e poucos veículos passam pelo entorno da favela.
"VAMOS DOMINAR OS CRIMINOSOS" - "Essa operação não é de entrada ou saída. Vamos dominar e prender os criminosos", afirmou o coronel da PM, Álvaro Garcia. Segundo ele, serviços de inteligência da polícia indentificaram que muitos marginais estão na Vila Cruzeiro porque saíram de comunidade que foram pacificadas.
Os veículos blindados da Marinha que reforçam as equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) vão servir apenas para o transporte de policiais na megaoperação que acontece nesta quinta. Na quarta-feira, um caveirão teve três pneus furados em uma barricada do tráfico. "É a primeira vez que ao Bope utiliza este tipo de força em uma operação no Rio", afirmou o comandante do Bope Paulo Henrique Moraes.
TENTATIVA DE BLOQUEIO - Mais cedo, quatro homens em duas motocicletas tentaram utilizar um caminhão de lixo para bloquear a passagem na Rua Tenente Luís Dorneles, na entrada do Grotão, na Vila Cruzeiro. Segundo a Comlurb, os bandidos teriam ordenado que o motorista permanecesse no local bloqueando o acesso à comunidade. Ainda de acordo com a empresa, depois de dar a ordem, eles teriam deixado o local e o motorista ligou o caminhão e fugiu.
ESCOLAS FECHADAS - Sete escolas e uma creche foram fechadas nesta manhã. Das unidades de educação, apenas uma é estadual. No entanto, segundo a Secretaria estadual de Educação, outras três escolas estaduais estão fechadas por conta da onda de violência, em Manguinhos, Madureira e Bonsucesso. Só no município, são mais de 12 mil alunos sem aulas.
BOMBEIROS AJUDAM HOSPITAL - A Secretaria estadual de Saúde informou que reforçou o atendimento na emergência do Hospital Getúlio Vargas, na Penha. Médicos do Corpo de Bombeiros foram deslocados para a unidade para atender os possíveis feridos da operação policial na Vila Cruzeiro. Segundo a secretaria, desde a última quarta-feira (24), 21 pessoas que estariam na comunidade durante o confronto entre a polícia e os criminosos chegaram feridas ao hospital. Dessas, quatro morreram e três continuam internadas na unidade.
Fonte: G1
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