O Instituto Nobel anunciou nesta segunda-feira que, devido a ameaças do governo da China, diversos países ainda não decidiram se mandarão representantes para a cerimônia de entrega do prêmio, em 10 de novembro, em Oslo.
O dissidente chinês Liu Xiaobo, agraciado com o Nobel da Paz neste ano; prêmio gerou forte reação do regime comunista
Pequim tenta boicotar a cerimônia pois o dissidente chinês Liu Xiaobo será agraciado com o Nobel da Paz.
"Vários [embaixadores] pediram a postergação da data limite [para responder ao convite para participar da cerimônia]", afirmou Geir Lundestad, diretor do Instituto Nobel.
Todos os embaixadores sediados no país foram convidados e o prazo para resposta terminou hoje.
"Alguns ainda esperavam instruções de seus governos", afirmou Lundestad. Ele não disse quantos e quais são os países que ainda estão em dúvida sobre a participação.
A embaixada chinesa em Oslo mandou cartas e fez ameaças veladas a diversas representações diplomáticas sediadas na cidade. No documento, a China advertia que os países que mandassem representantes à cerimônia sofreriam com consequências.
Apesar das ameaças, França, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos já confirmaram participação.
Xiaobo foi condenado a 11 anos de cadeia por encabeçar um movimento de intelectuais e ativistas em favor de reformas democráticas na China. Ele foi escolhido por sua "longa e não violenta luta por direitos humanos fundamentais na China", segundo o instituto.
DE SÃO PAULO
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
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