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sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Prêmio Nobel da Paz 2010
Líderes mundiais e organizações pró-direitos humanos reforçaram nesta sexta-feira (8) os pedidos para que o governo da China liberte o ativista Liu Xiaobo, depois de ele ter sido agraciado com o Prêmio Nobel da Paz de 2010.
Professor e defensor da democracia na China, Xiaobo está preso desde dezembro de 2008. Ele foi condenado a 11 anos de prisão por ter publicado um manifesto em defesa da liberdade de expressão e de eleições multipartidárias no país. Ele vai receber um prêmio de U$ 1,5 milhão (cerca de R$ 2,7 milhões).
Xiaobo é o mais famoso dissidente político chinês. Ele foi considerado um problema pelo governo do país desde 1989, quando se juntou aos protestos estudantis na Praça da Paz Celestial.
O presidente dos EUA, Barack Obama, que recebeu o prêmio em 2009, pediu à China que liberte Xiaobo. O Dalai Lama, líder espiritual do Tibete, também.
A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, exigiu a libertação de Xiaobo.
"Exortamos a China a cumprir com suas obrigações internacionais sobre os direitos humanos e a respeitar as liberdades fundamentais e direitos humanos de todos os cidadãos chineses. Reafirmamos nosso apelo para a liberação imediata de Liu Xiaobo".
Segundo Clinton, "enquanto a China obteve um tremendo progresso econômico nas últimas três décadas, a reforma política ficou para trás".
O Ministério de Assuntos Exteriores do Reino Unido disse que a concessão do prêmio chama a atenção para a situação que vivem os defensores dos Direitos Humanos de todo o mundo.
O Reino Unido afirmou que "continua pedindo sua liberdade e fazendo campanha em favor da liberdade de expressão em todos os países".
A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, felicitou Xiaobo e disse esperar que ele possa receber o prêmio pessoalmente.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que a concessão "é um reconhecimento do consenso internacional cresciente pela melhoria dos respeito aos direitos humanos".
Mais cedo, a alta comissária dos Direitos Humanos das Nações Unidas, Navi Pillay, também saudou o reconhecimento de um defensor dos direitos humanos com a premiação de Liu Xiaobo.
Em uma possível represália à premiação, o governo da China convocou o embaixador da Noruega, país-sede do Comitê do Nobel, para dar explicações.
Ativista
Xiaobo tem sido um dos críticos mais combativos do Estado de partido único da China e seus comentários públicos têm frequentemente irritado o governo, que insiste que a China é um país com o Estado de direito e que respeita os direitos humanos fundamentais -o que é refutado por entidades ocidentais.
Xiaobo tem 54 anos e foi condenado a 11 anos de cadeia no Natal de 2009 por fazer campanha a favor das liberdades políticas. Sua condenação foi rejeitada internacionalmente por grupos de direitos humanos, pela Casa Branca e por muitos governos europeus.
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