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terça-feira, 18 de outubro de 2011

PF e MPF intensificam investigação sobre lixo hospitalar em Pernambuco

Anvisa suspeita que outro contêiner trouxe lixo hospitalar para PE Lixo hospitalar vindo dos EUA é apreendido no Porto de Suape (PE) As polícias Federal e Civil, auxiliadas pelo Ministério Público Federal, vão intensificar a investigação nas cidades de Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe, no polo de confecções do Agreste de Pernambuco, em busca de mais empresas que possam ter comprado tecido da importadora que adquiriu a carga de lixo hospitalar vinda dos Estados Unidos. O anúncio foi feito após reunião entre representantes da PF, MPF, Governo do Estado, Receita Federal e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta terça-feira (18), no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo pernambucano.
As investigações estão sendo coordenadas por Fernando Aires, delegado da Polícia Federal, mas o atual chefe da Delegacia de Polícia Fazendária, Humberto Freire, vai assumir o inquérito, porque ele já foi chefe da delegacia da PF em Caruaru e conhece bem a região. "Estamos tentando rastrear quem está comprando o material da importadora, porque normalmente são pequenos fabricantes. Queremos saber também se esse produto está sendo distribuído para outras empresas no Brasil", disse o superintendente da PF em Pernambuco, Marlon Jefferson.
O dono da empresa que importou os contêineres apreendidos em Suape está sendo procurado pelos policiais. Ele ainda não foi ouvido oficialmente.
Até o momento, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) afirma que o material apreendido na semana passada, no Porto de Suape, traz fortes indícios de ser lixo hospitalar, o que só será confirmado após o laudo do Instituto de Criminalística, que está periciando as amostras recolhidas.
Segundo Jaime Brito, gerente-geral da Apevisa, o risco de contaminacão é pequeno para o consumidor que comprou peças feitas a partir desse tecido. A maior preocupação está em quem manipulou esse material primeiro, possivelmente sem a devida proteção. Uma das soluções propostas pela Apevisa para evitar problemas semelhantes no futuro é a criação de um selo ambiental para produtos do polo têxtil.
Mais cedo, o governador Eduardo Campos afirmou que faltou fiscalização também por parte dos Estados Unidos. “A mercadoria saiu e não deveria ter saído. Aqui a fiscalização tem sido incrementada no Porto de Suape. Mas, mesmo a checagem sendo feita por amostragem, pegou exatamente um contêiner com esse tipo de material e interrompeu esse fluxo de mercadoria”.
Campos anunciou, por fim, que vai pedir uma representação do Ministério das Relações Exteroiores, para relatar esse incidente nos Estados Unidos e pedir que eles investiguem como aconteceu a exportação desse material.
Fonte: G1

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