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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Principais pontos de desacordo entre palestinos e israelenses

A questão de Jerusalém, as fronteiras no Oriente Médio, o regresso de refugiados, a água, os assentamentos judeus e o vale do Jordão são alguns dos principais pontos de atrito entre Israel e Palestina, que pediu nessa sexta-feira para ser reconhecida pela ONU como seu 194º membro. Os árabes consideram que a solicitação reforçará as oportunidades de resolver um conflito que tem esses seis temas como fonte de discórdia.
1 - Jerusalém:
A cidade é considerada santa tanto por judeus como árabes. Até o momento, esse é o assunto que menos progrediu nos acordos anteriores de paz. Os palestinos reivindicam a zona oriental da cidade e oferecem em troca o acesso aos lugares santos aos judeus. Já Israel quer manter controle sobre a região que ocupou em 5 de junho de 1967 e que foi anexada durante a Guerra dos Seis Dias.
2 - Fronteiras:
Os israelenses se recusam a retornar às fronteiras anteriores a 1967 e devolver territórios que ocuparam na Faixa de Gaza e Cisjordânia, onde existem muitos assentamentos judeus. Os palestinos exigem o cumprimento da resolução 242 da ONU, que prevê a retirada de Israel da região que ocupou na Guerra dos Seis Dias.
A última proposta israelense, de maio de 2008, aceita devolver 91% da Cisjordânia, mas os palestinos só concordam com a devolução de pelo menos 97% desse território.
3 - Os refugiados:
Existem quatro milhões de refugiados palestinos vivendo em campos da Cisjordânia, Gaza, Líbano, Síria e Jordânia. O êxodo começou em 1948, com a declaração do Estado de Israel. A autoridade palestina exige o cumprimento da resolução 194 da ONU, que afirma que os refugiados têm direito a retornar às suas casas, agora dentro das fronteiras israelenses, ou que recebam uma compensação financeira. Israel é contra a medida por questões demográficas.
4 - Assentamentos judaicos:
Atualmente, nos cerca de 150 assentamentos erguidos na Cisjordânia, considerados ilegais pela Autoridade Nacional Palestina (ANP) e pela comunidade internacional, vivem 230 mil israelenses, em meio a uma população de 3,4 milhões de palestinos. Em 2005, iniciou-se o Plano de Desligamento, articulado pelo então primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, que previa a retirada das 21 colônias judias da Faixa de Gaza e quatro da Cisjordânia. A iniciativa gerou protestos enérgicos entre a direita nacionalista de Israel.
Já o atual primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, incentivou a construção dos assentamentos na região, o que tem sido decisivo para o fracasso das negociações de paz propostas pelo presidente americano Barack Obama.
5 - A distribuição:
A distribuição de água numa região desértica. Oitenta por cento dos recursos hídricos, que abastecem os lares palestinos, são controlados por Israel. Os árabes consideram a quantidades destinada ao seu povo insuficiente (22 galões por dia contra 70 consumidos pelos israelenses, segundo a ANP).
6 - Vale do Jordão:
Israel quer manter sua fronteira no local, a região mais fértil de seu território, por questões de segurança, mas está disposto a reduzir a presença militar na região se a segurança do país estiver garantida.
Site: Terra

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