O número dois da rede terrorista Al-Qaeda, Ayman Al Zawahiri, convocou os muçulmanos da Líbia a se rebelar de vez contra o regime do coronel Muammar Kadafi e as forças da Otan no país.
Em um vídeo de mais de uma hora, provavelmente gravado antes do início dos ataques da coalizão internacional, Zawahiri pede a "atenção dos irmãos muçulmanos na Líbia, Tunísia, Argélia e nos demais países muçulmanos para o fato de que se os americanos e as forças da Otan entrarem na Líbia, seus vizinhos no Egito, Tunísia, Argélia e no restante dos países muçulmanos deverão se levantar de vez para combater os mercenários de Kadafi e a Otan".
O vídeo, monitorado pelo centro americano de vigilância de sites (SITE), é chamado de "Mensagem de Esperança e de Boas Notícias para o Povo do Egito".
Em outro vídeo, divulgado em fevereiro passado, Zawahiri acusava o regime egípcio de Hosni Mubarak de estar totalmente nas mãos dos americanos: "a verdadeira autoridade no Egito está na embaixada americana".
Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas.
A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais milhares morreram e multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Menos de 48 horas depois, no dia 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques de França, Reino Unido e Estados Unidos.
Fonte: Terra
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