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domingo, 24 de abril de 2011

Liga Árabe: revoltas populares por liberdade são irreversíveis

O secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa, declarou que "o movimento dos povos árabes pela liberdade é irreversível" e que nenhum dos países da região escapará deste "profundo e legítimo desejo de mudanças políticas". "É verdade que as mudanças não serão as mesmos nas repúblicas e nas monarquias; no Iêmen, no Egito, na Tunísia e na Síria" e "a Liga Árabe não pretende dar um modelo de mudança aplicável a todos seus membros", ressaltou Moussa em entrevista publicada neste sábado pelo "Le Figaro".
O representante da organização pan-árabe considerou que as promessas de reforma apresentadas em 30 de março pelo presidente sírio, Bashar Al Assad, "não valem nada", pois, no fundo "as sociedades árabes seguem umas as outras, se imitam porque todas compartilham o mesmo desejo do fim do autoritarismo, do nepotismo e da corrupção". Sobre a intervenção da Arábia Saudita com tropas no Bahrein, Moussa disse que foi feita "legalmente" em virtude dos acordos entre os seis Estados do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG).
"Que as coisas estejam muito claras: o Bahrein é um Estado árabe e continuará sendo. A manutenção de sua estabilidade é essencial para nós. Espero que o Irã entenda que seu dever é manter relações de boa vizinhança no Golfo e não de explorar as dificuldades atuais que vive o mundo árabe", explicou.
Em relação às suas ambições presidenciais no Egito, Moussa afirmou que, se ganhar as eleições, se compromete a não realizar mais que um mandato de quatro anos: "Meu objetivo é voltar a pôr o país nos eixos e depois passar o poder para a jovem geração".
Ele também criticou o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak por sua política condescendente com Israel, mas ressaltou que acredita que a solução para o conflito entre israelenses e palestinos deve ser política e que o Egito tem interesse em manter seu tratado de paz com Israel.
Fonte: Terra

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