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quarta-feira, 30 de março de 2011

Obama diz não descartar hipótese de armar rebeldes líbios contra Kadhafi

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta terça-feira (29) que não descarta fornecer armas aos rebeldes líbios que tentam há mais de um mês derrubar o regime do ditador Muammar Kadhafi.
Obama disse, em entrevista à rede NBC, ter confiança em que Kadhafi vai deixar o poder, graças à intensa e crescente pressão internacional.
"Nossa expectativa é que, como seguimos fazendo uma firme pressão, não só militar como também por outros meios, Kadhafi deixará enfim o poder", disse o americano em entrevista em Nova York.
Obama disse que, antes de descartar a hipótese de armar a oposição líbia, o governo dos EUA vai avaliar o que vão fazer agora as forças de Kadhafi, sob ataque de uma coalizão aliada liderada pelos EUA, e autorizada pela ONU, desde 19 de março.
Obama disse ainda que a operação na Líbia é um exemplo de como o mundo deve trabalhar, com os EUA no centro de uma ampla coalizão internacional.
O presidente americano também discursou sobre sua decisão de lançar um ataque aéreo contra as forças de Kadhafi para proteger os civis e estabelecer uma zona de exclusão aérea na Líbia, ao inaugurar a nova missão dos Estados Unidos diante da ONU em Nova York.
"Assim a comunidade internacional deve trabalhar - mais nações com os Estados Unidos ali, no centro, mas não sozinho, todos redobrando esforços, assumindo suas responsabilizadas", disse Obama.
"Isso é o que significa ser (as) Nações Unidas", afirmou o presidente, ao inaugurar as novas instalações.
"Acreditamos que o mundo fica mais seguro e os interesses de Estados Unidos mais bem defendidos quando atuamos coletivamente", completou Obama.
Conferência em Londres
A crise líbia foi discutida nesta terça-feira em uma conferência internacional em Londres, mas o tema de armar os rebeldes não esteve na mesa -embora a França já diga que admite estudar a possibilidade.
Reino Unido, EUA e Qatar sugeriram que Kadhafi e sua família podem ser autorizados a buscar um lugar para se exilar, se ele aceitar logo a renúncia.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse que os ataques militares da coalizão na Líbia continuarão até que Kadhafi cumpra por completo a exigência da ONU de cessar a violência contra os civis e retirar as forças das cidades ocupadas.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, também disse na televisão ABC que Washington não descarta a possibilidade de armar os rebeldes, embora nenhuma decisão do tipo tenha sido tomada.
Autoridades norte-americanas afirmam que a resolução do Conselho de Segurança da ONU adotada este mês permite o armamento de rebeldes, mas uma fonte da diplomacia italiana disse que essa iniciativa exigirá uma nova resolução apoiada por um consenso internacional mais amplo.
Na faixa costeira da Líbia, o foco dos confrontos, as tropas mais bem armadas de Kadhafi pareciam reverter uma investida dos rebeldes rumo a oeste, que aproveitaram os ataques aéreos da coalizão para tomar uma série de cidades na semana passada.
O coronel acusou as potências de massacrarem civis líbios na aliança com os rebeldes que, segundo ele, são membros da rede terrorista da al-Qaeda.
Do G1, com agências internacionais

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