A operadora da planta nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão, voltou atrás e disse neste domingo (27) que a leitura de índices muito elevados de radiação na água acumulada na turbina do reator número 2 – de 10 milhões de vezes acima do normal – estava incorreta.
O número corrigido de radiação no complexo é de 100 mil vezes além do máximo permitido. O técnico responsável pela verificação havia deixado o local antes de terminá-la, por receio de contaminação - por isso a falha.
Operários chegaram a ser retirados do complexo após o anúncio, feito mais cedo neste domingo, e alguns estão em observação. As doses de radiação na região são quatro vezes superiores ao máximo permitido para um ano.
O vice-presidente da Tokyo Electric Power (Tepco), Sakae Muto, pediu desculpas pelo erro, que provocou um alarme dentro e fora do país sobre o impacto de contaminação do complexo atingido por um terremoto e tsunami no dia 11.
O nível de iodo radioativo no mar perto da usina de Fukushima chegou a uma concentração 1.850 vezes superior ao padrão, segundo informou neste domingo a Agência de Segurança Nuclear. No sábado (26), um índice de iodo radioativo 1.250 vezes superior ao padrão havia sido encontrado.
Apesar do aumento no nível de iodo radioativo no mar de Fukushima, as partículas da radiação deverão se dispersar, sem representar risco à saúde, à vida marinha ou à segurança alimentar, segundo a agência. A radioatividade da água no local, no entanto, impede a atuação de trabalhadores na restauração dos sistemas de refrigeração.
O índice de iodo 131 já estava 126 vezes acima do padrão na terça-feira (22) passada no litoral próximo à central de Fukushima Daiichi. O governo japonês decretou então um reforço no controle sobre peixes e mariscos procedentes da costa atingida.
A Tepco tentará, neste domingo, drenar a água radioativa de algumas áreas da usina nuclear de Fukushima Daiichi para facilitar o trabalho dos operários.
Do G1, com agências internacionais
Nenhum comentário:
Postar um comentário