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domingo, 20 de março de 2011

Atualidades - Líbia

Aviões militares dos Estados Unidos lançaram, neste domingo, ataques contra a Líbia na segunda fase da operação internacional  "Odisseia do Amanhecer".  De acordo com o comandante das Forças Armadas americanas, o almirante Michael Mullen, três bombardeiros B-2 lançaram 40 bombas contra um importante aeroporto líbio. A operação internacional, aprovada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), tem como objetivo final impor a zona de exclusão aérea no país e proteger os civis líbios das forças do ditador Muamar Kadafi.
Na manhã deste domingo, ao menos um avião sobrevoou o setor da residência-quartel de Kadafi, no bairro de Bab al Aziziya, em Trípoli, em meio aos disparos de artilharia da defesa antiaérea do ditador.
A primeira reação aos ataques dos aliados teriam sido lançados na noite de sábado (pelo horário de Brasília). Explosões, aparentemente causadas por um bombardeio na capital da Líbia, foram seguidas por rajadas sustentadas de artilharia antiaérea, seguidos de gritos de 'Deus é grande', segundo um correspondente da agência de notícias Reuters.
Em mensagem de voz transmitida pela televisão estatal líbia, Muamar Kadafi mostrou que não está disposto a se render diante do poderio militar internacional. O ditador prometeu uma vitória contra o que qualificou como "o novo nazismo" e assegurou que o país está preparado para uma "longa guerra" contra as forças aliadas.
"Nós somos os vitoriosos, vocês são os vencidos. Jamais abandonaremos o campo de batalha, pois defendemos nossa terra e nossa dignidade", afirmou Kadafi. O ditador voltou a dizer que está armando todos os líbios para lutarem e lançou um alerta de que vai liquidar "qualquer traidor ou colaborador da coalizão militar internacional".
Primeira Fase - Neste sábado, durante a primeira fase da operação  "Odisseia do Amanhecer", França, Estados Unidos e Reino Unido lançaram um forte ataque por terra e por ar contra as forças de Kadhafi em Benghazi e mais de 20 alvos do sistema integrado de defesa aérea no oeste. No total, 112 mísseis foram lançados. Os alvos incluem bases de ataque de mísseis terra-ar e os sistemas de comunicação das Forças Aéreas.
A ofensiva, a mais ampla desde a invasão do Iraque em 2003, foi deflagrada pela força aérea francesa com ao menos quatro incursões de caças que destruíram vários tanques do Exército líbio na região de Bengasi.
Momentos depois do ataque aéreo, foram disparados pelo menos 110 mísseis de cruzeiro Tomahawk, a partir de navios e submarinos de Estados Unidos e Grã-Bretanha, contra instalações do sistema de defesa e comunicações da Líbia.
A autorização para a ação partiu do presidente Barack Obama, em visita ao Brasil, e foi coordenada no quartel-general das forças americanas na Europa, na cidade alemã de Stuttgart.
Segundo o almirante Michael Mullen, comandante das Forças Armadas dos EUA, a primeira fase da operação foi bem-sucedida, impedindo a ofensiva das tropas do ditador Kadafi contra o reduto rebelde de Bengazi, no leste do país. As forças de Kadafi "já não marcham sobre Bengazi", disse Mullen, em entrevista ao programa "This Week", da americana ABC. Ele afirmou ainda que a zona de restrição aérea está "efetivamente aplicada" na Líbia.
Coalizão - Além de Estados Unidos, França e Grã-Bretanha, a Espanha ofereceu seis caças F-18 e uma fragata F-100 para dar suporte à ação militar. O Canadá, por sua vez, enviou 18 caças para uma base italiana na Sicília. A Itália, posicionou parte da sua frota aérea militar na ilha de Chipre, no Mediterrâneo, próximo à costa da Líbia. Até o começo da noite deste sábado, os três países não haviam se envolvido diretamente nos bombardeios.
(Com agência France-Presse)

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