Após encontrar presidente da China, Obama pede maior ajuste do iuan
Presidente dos EUA e Hu Jintao tiveram reunião de duas horas.
Líderes concordaram em relação à Coreia do Norte, disse americano.
O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou nesta quarta-feira (19) que o iuan continua subvalorizado e é necessário "um maior ajuste" na cotação da moeda chinesa, algo que acredita que ajudará a fomentar a demanda interna e lutar contra a inflação na China.
Obama falou em entrevista ao lado do presidente da China, Hu Jintao, depois de reunião de duas horas.
Obama também disse que ele e Hu Jintao concordaram em que a Coreia do Norte, aliada da China, deve evitar mais provocações.
"Estamos de acordo em dizer que acreditamos que o objetivo primordial deve ser o desarmamento nuclear total da península", disse.
A China é considerada a única potência com influência sobre o regime norte-coreano, que no fim de novembro bombardeou uma ilha na Coreia do Sul.
Direitos humanos
Questionado sobre supostos desrespeitos aos direitos humanos na China, Hu afirmou que "ainda resta muito a fazer", mas que o país teve progressos.
Obama pediu ao colega que dialogue com o Dalai Lama, líder espiritual exilado do Tibete.
"Os EUA sugerem um diálogo entre a China e o Dalai Lama para resolver as diferenças e para preservar a identidade religiosa do povo tibetano", disse Obama.
'Bases'
Antes da reunião, Obama havia afirmado que a visita de Hu Jintao iria estabelecer as bases para os próximos 30 anos de cooperação bilateral.
"Com esta visita, podemos fixar as bases para os próximos 30 anos", afirmou Obama ao dar as boas-vindas a seu colega chinês na Casa Branca.
Obama pediu ainda que os direitos humanos sejam preservados na China ao afirmar que as nações prosperam quando eles são respeitados."A história mostra que as sociedades são mais harmoniosas, as nações são mais bem sucedidas e o mundo é mais justo quando apoiamos os direitos e responsabilidades de todas as nações e de todos os povos", afirmou Obama.
"Sociedade harmoniosa" é um dos principais slogans ideológicos do governo de Hu, que tenta manter o poder do Partido Comunista em meio a uma economia cada vez mais aberta.
A visita de Estado de quatro dias de Hu aos EUA se tornou uma bandeira para defensores de causas como a da minoria uigur, dos tibetanos, dos presos políticos e outros grupos.
Os ativistas, que afirmam que as condições para os direitos políticos e religiosos pioraram nos últimos anos, apesar do rápido crescimento econômico chinês, anunciaram que pretendem realizar manifestações nas proximidades da Casa Branca durante o encontro entre Hu e Obama.
O presidente norte-americano também está sob pressão de alguns parlamentares de seu país para levantar questões de direitos humanos. Eles argumentam que Obama, que venceu o prêmio Nobel da Paz em 2009, tem o dever de falar publicamente sobre a prisão do vencedor do Nobel da Paz de 2010, o ativista e escritor chinês Liu Xiaobo.
Em discurso sobre a China na semana passada antes da visita de Hu, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, fez um apelo para que Pequim liberte Liu e 'vários outros prisioneiros políticos na China, incluindo aqueles sob prisão domiciliar e aqueles que sofrem desaparecimento forçado'.
A China rejeita as críticas contra seu histórico de direitos humanos e as classifica como interferência em seus assuntos internos.
Hu Jintao, por sua vez, afirmou que desde que Obama assumiu o poder nos Estados Unidos, "nossa cooperação em vários terrenos tiveram frutíferos resultados e nossas relações conseguiram novos progressos".
Fonte: G1
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