Estudantes de design usam técnica semelhante à do papel machê
Fonte de energia, matéria-prima para etanol, alimento para bovinos, base para pavimentação, o bagaço de cana-de-açúcar só precisa de criatividade para ser reutilizado de alguma forma. Em Taiwan, os estudantes de design Chen Wei-Che e Chung Yo-Hsun desenvolveram o Zhè, uma mobília feita com a massa úmida e cheia de fiapos que sobra da cana processada para outros fins.
Com um processo semelhante ao de fabricação do papel machê – entre as muitas técnicas para fazer o papel machê, usa-se, basicamente, papel, água e algo que dê liga (cola, farinha de trigo ou outro material), eles criaram cadeiras e mesas que parecem ter sido esculpidos a partir de um bloco de açúcar, pois não têm a coloração marrom-esverdeada do bagaço.
Ao subproduto da cana, eles misturaram celulose e resina. Essa massa foi aplicada sobre uma base de madeira para fazer o molde inicial, que depois é retirado cuidadosamente.
Cumprir seu papel
Apesar da aparente fragilidade, a ideia é que os móveis sejam seguros. Tanto que entraram em fase de testes, o que indica que algum item dessa linha pode, um dia, chegar ao mercado e ser comercializada.
A alternativa é interessante para os taiwaneses, tendo em vista que o país tem a cana-de-açúcar como um dos motores de sua economia. Lá, a cada dez toneladas de cana processadas, sobram três de bagaço. O material geralmente segue para o lixo ou é incinerado, gerando resíduos para o meio ambiente ou poluentes para a atmosfera.
Andres Bruzzone Comunicação
Site: Terra
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