Total de visualizações de página

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Greenpeace denuncia ‘golpe’ na Cop-16

Há um cavalo de Troia na pauta da 16a. Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-16), realizada em Cancun, no México. Segundo o Greenpeace, o problema atende pela sigla de CCS, do inglês Carbon Capture and Storage, ou Seqüestro e Captura de Carbono. É vendido como coisa boa para o meio ambiente, mas pode não ser.
Explica-se: CCS é o processo de capturar e armazenar o CO2,  evitando assim que ele seja emitido na atmosfera e contribua para o aquecimento do planeta. A intenção até parece nobre, mas o Greenpeace do Brasil diz que não é por aí. Segundo a ONG, essa tecnologia não foi testada, é cara e não resolve o problema das emissões.
Além disso, pode ser um desserviço à natureza: sob o pretexto de que o processo ajuda a poluir menos, o CSS pode ser usado para justificar investimentos em fontes altamente poluentes. O Greenpeace diz que há risco de o processo ser introduzido no acordo sobre o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), discutido na COP-16. Pelo acordo, indústrias que capturarem e armazenarem CO2 terão direito a compensações financeiras. Ou seja, quanto mais poluente for uma empresa, mais estímulos para poluir terá.
Os debates na COP-16 vão até a próxima sexta-feira, e ainda não há um acordo pronto, mas vale ficar de olho.
Expectativa
A COP-16 vem após uma frustrada conferência de mudanças climáticas realizada ano passado em Copenhague, na Dinamarca. Em janeiro de 2009, a COP-15 terminou com um documento sem poder de punição para os paises que descumprirem seus termos, que, aliás, são bastante genéricos (não há menção, por exemplo, a metas de redução de soessões de gases do efeito estufa).
Por isso, a conclusão da COP-16 é aguardada com expectativa, já que podem sair de lá acordos concretos pela diminuição de gases poluidores e regulação para atividades sustentáveis. Mas, como mostra o Greenpeace, não faz mal apontar falhas de origem na discussão.
Em tempo, o único tratado de redução de emissões que há hoje é o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.
Site: Terra

Nenhum comentário:

Postar um comentário