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terça-feira, 30 de novembro de 2010

E o conflito continua: Coreia do Norte diz ter 'milhares' de centrífugas em sua usina nuclear

A Coreia do Norte afirmou nesta terça-feira (30) que sua usina de enriquecimento de urânio  possui "milhares" de centrífugas e está em processo de construir um reator nuclear de água leve, segundo a imprensa estatal.
O diário, pertencente ao Partido dos Trabalhadores, afirma que o regime comunista de Pyongyang levará adiante suas atividades de enriquecimento de urânio com "propósitos pacíficos", para enfrentar "a necessidade de energia" do país, segundo a agência KCNA, citando o Rodong Sinmun, órgão do Partido Comunista.
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A informação, que tinha sido adiantada por um cientista americano, Siegfried Hecker, neste mês, foi confirmada em plena crise com a Coreia do Sul, após o ataque de Pyongyang a uma ilha sul-coreana.
O ataque deixou quatro mortos -dois civis e dois militares- e cerca de 20 feridos na última semana.
Coreia do Sul e Estados Unidos suspeitavam havia anos da existência de um programa de enriquecimento de urânio na Coreia do Norte, algo que o regime comunista negou até 2009, quando assegurou estar na "última fase" para obter urânio enriquecido.
No meio da tensão na península, a China, o principal aliado da Coreia do Norte, propôs uma reunião dos negociadores nucleares do diálogo de seis lados (China, Coreias, Japão, EUA e Rússia) para tratar do ataque.
Hecker visitou em 12 de novembro a usina, que voltou a operar, apesar das sanções impostas pela ONU no ano passado.
Ele ouviu das autoridades norte-coreanas que havia 2.000 centrífugas. Mas ele relatou ter visto apenas 1.000. Não foi possível confirmar se elas estavam operantes.
Apesar de as instalações não parecerem terem sido concebidas para uso militar, o enriquecimento de urânio poderia ser elevado até uma taxa suficiente para fabricar armas nucleares, disse o cientista, professor da Universidade de Stanford e e ex-responsável do laboratório nuclear americano de Los Alamos.
China
A China afirmou esperar uma "reação positiva" à proposta de consultas de urgência para reduzir a tensão na península coreana, afirmou nesta terça-feira o ministério chinês das Relações Exteriores, apesar de a oferta ter sido rejeitada por Estados Unidos e Coreia do Sul.
"Acreditamos que as partes envolvidas vão levar a sério esta proposta e reagir positivamente", declarou o porta-voz do ministério, Hong Lei, que qualificou a reunião de "imperativa".
No domingo, a China propôs aos interlocutores uma reunião de emergência do grupo dos Seis na China, no início de dezembro, para tentar acalmar a situação após o bombardeio da ilha.
O governo dos Estados Unidos rejeitou a proposta e afirmou que o encontro seria uma "operação de relações públicas" para a Coreia do Norte.
A Coreia do Sul também recusou a oferta, enquanto o Japão se mostrou reticente.
O grupo dos Seis inclui Estados Unidos, Rússia, China, Japão e as duas Coreias.
Do G1, com agências internacionais

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