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sábado, 16 de outubro de 2010

Educação é a base para o desenvolvimento do país

Com o crescimento econômico vivido nos últimos anos, a importância da melhoria da qualidade da educação deixou de ser uma bandeira apenas das entidades da área. Um dos principais desafios para o próximo governo é a falta de mão de obra qualificada.
O Brasil terá um novo governo com mais quatro anos pela frente. Hora de pensar no que precisamos para o futuro. Um país que tem ambições políticas, econômicas e de projeção internacional como o Brasil tem que contar com recursos humanos à altura disso”, aponta o coordenador de Educação no Brasil da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Paolo Fontani.
Ele cita, por exemplo, que apenas um em cada quatro brasileiros é considerado plenamente alfabetizado, segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf). O índice foi criado pelo Instituto Paulo Montenegro/Ibope para medir os níveis de domínio da leitura e da escrita entre a população.
A educação também foi apontada como área estratégica para impulsionar a produtividade, segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). “A capacidade produtiva não depende apenas de trabalho e capital. É fundamental que o país disponha de trabalho qualificado”, indica o relatório.
O documento alerta que a produção depende da inovação, que por sua vez só pode ser atingida se houver qualificação. Na avaliação de Fontani, o investimento principal tem que ser na qualidade do ensino, especialmente na educação básica.
Ele ressalta que o Brasil investe hoje perto de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) na área. O percentual está se aproximando dos patamares dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que têm uma média de 6%.
O coordenador lembra que países lideram os rankings educacionais dão prioridade orçamentária à educação há muito mais tempo do que o Brasil, que tem uma dívida maior a sanar.
Outra diferença está na comparação do investimento por aluno.
Um estudante brasileiro do ensino fundamental custa ao ano US$ 1.315 contra a média de US$ 6.437 dos países da OCDE. No ensino médio, o valor é cinco vezes menor.
Junto com 25 entidades, a Unesco elaborou uma carta de compromissos que lista os principais desafios para educação com os quais o próximo governo deve se comprometer. Entre eles está a ampliação do investimento para 10% do PIB “gradualmente”. “Os países ricos que investiram muito em educação hoje investem cerca de 6%. Mas aqui é preciso uma medida de choque para injetar o dinheiro necessário para que o Brasil passe a brigar com o que se investe nos outros países”, defende Fontani. O representante da Unesco aponta o exemplo da Coreia, que investiu muito em educação para que a qualificação dos recursos humanos acompanhasse o desenvolvimento da indústria. “O Brasil está se aventurando em terrenos como o pré-sal, que vai trabalhar com tecnologias de ponta e exigirá mão de obra para entender um nível diferente”, destaca.

Um comentário:

  1. Parabéns Professora Cida!

    O conteúdo dos assuntos abordados torna-se relevante, Na medida em que a sociedade passe a assumir a perfeita sustentabilidade que deverá estar contida nessas citadas ações.

    No Brasil, principalmente as ações de governo
    deverão ser revistas em futuro bem próximo.

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